Vicente Dattoli (Brasil) – Miembro CE de AIPS

RIO DE JANEIRO, Brasil, 23 de octubre de 2020.- El 23 de octubre de 1940, en la ciudad de Três Corações, Minas Gerais, nació un niño que transformaría la visión del fútbol mundial menos de 18 años después. Edson Arantes do Nascimento, Pelé para el mundo, celebra su 80 cumpleaños. Quizás el deportista más longevo en llenar los reportajes a lo largo de la historia; por supuesto, ya no marcando goles y encantando al público, sino participando siempre de alguna manera en eventos de fútbol.

El mundo conoció a Pelé en la Copa del Mundo de 1958 en Suecia. Es decir, de los 96 años que tiene de historia nuestra AIPS, somos 62 periodistas deportivos, hablando de alguna manera de Pelé, ya sea ensalzando sus cualidades para ganar su primer título mundial, incluso antes de cumplir los 18; ya sea hablando de su traslado sin precedentes al New York Cosmos, en el primer intento de difundir el fútbol en Estados Unidos; ya sea comentando su milésimo gol, desde un punto de penalti, una noche en el Maracaná.

El tiempo es cruel para todos. Ni siquiera el Atleta del Siglo podría superarlo. Aun así, con la misma técnica depurada con la que superó sus marcadores, Pelé está evitando sus problemas de salud y está ahí. Incluso aquellos que no lo han visto actuar en los estadios están emocionados de ver los movimientos brillantes que ha producido su talento, ya sea en el mítico Maracaná o en un pequeño estadio en el interior de São Paulo, sin mencionar los innumerables espectáculos en los céspedes del mundo.

Pelé, según las llamadas estadísticas, anotó 1.281 goles en 1.363 partidos (incluidos partidos amistosos no oficiales). Para la selección brasileña de fútbol, ​​ganó tres Copas Mundiales (Suecia, 1958; Chile, 1962; y México, 1970), siendo el único jugador en lograr esta hazaña. Para Santos, su único equipo en Brasil, ganó dos veces la Libertadores da América (1962 y 1963) y la Intercontinental de Clubes.

Entre sus numerosos premios, fue elegido el Jugador del Siglo por la Federación Internacional de Historia y Estadísticas del Fútbol (IFFHS), y el Mejor Jugador del Siglo por la FIFA. El Comité Olímpico Internacional lo eligió a él también, el Atleta del Siglo. Todo esto en 1999. El ciudadano Edson Arantes do Nascimento (el mismo Pelé hace esta distinción en sus discursos) fue Ministro de Deporte en Brasil.

Como ya se mencionó, Pelé ha sido parte del día a día de los periodistas deportivos durante más de seis décadas. No sería un artículo, solo, capaz de resumir todo lo que hizo y lo que se dijo al respecto. Todos los periodistas deportivos sueñan con poder entrevistarlo, estar a su lado. Muchos lo lograron. Hoy, por problemas de salud, apenas aparece. Para estas ironías de la vida, necesita un andador para moverse. Aun así, Edson Arantes do Nascimento, el chico Pelé, llegó a los 80.

¡Larga vida al rey!

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PORTUGUÉS

Pelé, 80 anos

Por Vicente Dattoli – Membro do EC da AIPS

RIO DE JANEIRO – No dia 23 de outubro de 1940, na cidade de Três Corações, em Minas Gerais, nasceu um menino que transformaria a visão do futebol mundial menos de 18 anos depois. Edson Arantes do Nascimento, Pelé para o mundo, completa neste mês 80 anos de vida. Talvez o mais longevo esportista a preencher as reportagens ao longo da história – claro que não mais fazendo seus gols e encantando o público, mas sempre participando de alguma forma dos eventos do futebol.

O mundo teve conhecimento de Pelé na Copa do Mundo de 1958, na Suécia. Ou seja, dos 96 anos que a nossa AIPS tem de história, há 62 nós, jornalistas esportivos, de alguma forma falamos de Pelé. Seja exaltando suas qualidades na conquista de seu primeiro título mundial, antes mesmo de completar 18 anos; seja falando de sua inédita transferência para o New York Cosmos, na primeira tentativa de difundir o soccer nos Estados Unidos; seja comentando seu milésimo gol, de pênalti, numa noite no Maracanã.

O tempo é cruel para todos. Nem mesmo o Atleta do Século seria capaz de superá-lo. Mesmo assim, com a mesma técnica refinada com a qual superava seus marcadores, Pelé vai driblando os problemas de saúde e está aí. Mesmo quem não o viu atuando nos estádios se entusiasma ao ver os lances geniais que seu talento produziu, seja no mítico Maracanã ou em um acanhado estádio no interior de São Paulo – sem falar dos inúmeros espetáculos pelos gramados do mundo.

Pelé, de acordo com as chamadas estatísticas, marcou 1.281 gols em 1.363 partidas (incluídos aí jogos amistosos, não oficiais). Pela seleção brasileira de futebol, ganhou três Mundiais (Suécia, 1958; Chile, 1962; e México, 1970) – o único jogador a conseguir tal proeza. Pelo Santos, seu único time no Brasil, conquistou duas vezes a Libertadores da América (1962 e 1963) e o Intercontinental de Clubes.

Entre suas inúmeras premiações, foi escolhido o Jogador do Século pela Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS), e o Melhor Jogador do Século pela Fifa. O Comitê Olímpico Internacional o escolheu, também, o Atleta do Século. Tudo isso em 1999. O cidadão Edson Arantes do Nascimento (o próprio Pelé faz essa distinção em suas falas) foi ministro do Esporte no Brasil.

Como já foi dito, Pelé faz parte do cotidiano dos jornalistas esportivos há mais de seis décadas. Não seria um artigo, apenas, capaz de resumir tudo o que fez e o que foi dito sobre ele. Todos os jornalistas esportivos sonham poder entrevistá-lo, estar a seu lado. Muitos conseguiram. Hoje, devido aos problemas de saúde, ele quase não aparece. Por essas ironias da vida, precisa de um andador para locomover-se. Mesmo assim, Edson Arantes do Nascimento, o menino Pelé, está chegando aos 80 anos.

Vida longa ao rei!