Jogos Olímpicos e Pan-Americanos buscam renovar a audiência

Por AIPS América

11 de agosto de 2019

Por Philipe Rabelo Alves (Brasil) – Jornalista Jovem AIPS América

LIMA, Peru, 11 de agosto de 2019.- Em 68 anos de existência, os jogos Pan-Americanos reafirmaram, na edição de Lima 2019, o compromisso de continuarem como um negócio atrativo, lucrativo e, sobretudo, moderno. Isso ficou claro na primeira prova de surfe na história dos jogos, realizada no município de Punta Rocas, banhado pelo oceano Pacífico. Em um cenário que parece adverso, toda a tecnologia estava presente.

Além do telão de led que estava na praia, havia outras 9 câmeras e um drone que foram utilizados para a transmissão do evento . Daí veio o questionamento sobre a importância das câmeras para a realização dos jogos. A transmissão do evento é o que o torna financeiramente possível, pois são as emissoras licenciadas que compram os direitos de transmissão por cifras astronômicas.  A edição de Lima está ao vivo nos 41 países participantes.

Dentre os vários esportes que estão no cardápio do Pan, alguns não são tão atrativos e inclusive não estão sendo transmitidos ao vivo como o boliche, pelota basca, golf e algumas outras modalidades. O próprio comitê decide os esportes que serão exibidos ao vivo e os que serão gravados. A empresa de transmissão destes jogos é a espanhola Mediapro, que transmite mais de mil horas de conteúdo, com uma equipe de 700 pessoas.

O gerente geral da Mediapro no Perú, Juan Carlos Fernández explica que a empresa é apenas consultada pelo comitê sobre as transmissões, mas que não tem poder de influir na escolha dos esportes que irão ao ar. «Nós cumprimos o nosso papel de transmissores, disponibilizamos a infraestrutura que é enorme, são mais de 200 km de cabos de fibras, 14 equipes de produção ao vivo e 16 canais de subindo conteúdo diretamente para o satélite, que é redistribuído para as televisões detentoras dos direitos», explicou.

Quando os comitês organizadores optam por trazer esporte como surfe, eles estão na busca de uma renovação da audiência, de preferência uma audiência jovem, que queira assistir as competições. Jaime Barreda é gerente de produção de toda a operação dos jogos. Ele afirma que normalmente o público é divido em 80% assistindo a transmissão e 20% nos arenas das competições.  No pan de Lima mais uma novidade, este ano o YouTube é um detentor de direitos que está licenciado pela Mediapro para distribuir conteúdo para a Europa.

Uma das pessoas que participou da escolha do surfe como categoria dos jogos de Lima é Ivar Sisniega, secretário geral da Panam Sports, que é a organização que fomenta o esporte olímpico na América e também é responsável pela organização dos jogos Pan-Americanos. «Creio que a intenção do Comitê Olímpico Internacional seja atrair os jovens que assistam os esportes. O surfe é muito praticado no mundo o que facilita o desenvolvimento. Há a expectativa de que as olimpíadas de Los Angeles e França continuem com o surfe como categoria olímpica.», explicou

 Mesmo enfrentando o risco do tempo para a transmissão, os eventos são exibidos ao vivo e possuem apelo. O surfe é um esporte que depende da natureza para acontecer, não há controle das ondas e de como e quando elas virão, o que existe são previsões. «Mesmo sem esse o controle é um esporte de apelo popular. Dos 41 países que estão competindo, 39 tem saída para o mar, ou seja, é uma modalidade bem praticada», contou Ivar.

As modalidades são eleitas para os jogos por meio de uma comissão, mas há regras que devem ser cumpridas. É necessário que ao menos 20 comitês olímpicos, dos e 41 presentes na Panam Sports, pratiquem a modalidade. Esse princípio também vale para os novos esportes, como o surfe e skate, que serão modalidades olímpicas em Tóquio 2020.

Jaime Barreda diz que apesar da novidade do surf, o evento que ainda é o mais complexo para as transmissões é a prova de vela. «Tudo acontece num barco, as câmeras quase não ficam paradas e a infra de cabos, proteção nos equipamentos é bem grande», explicou.

Mesmo sendo uma indústria esportiva, o espectador é quem determina se o que está sendo exibido vale ou não apena ser consumido. Ou seja, os resultados das transmissões têm relevância na hora de determinar quais modalidades irão, ou não, fazer parte dos jogos. «Hoje o publico está na televisão, hoje não nos importa tanto o publico do estádio, que dá ambiente e desfruta ao vivo. A abertura, por exemplo, teve 30 mil pessoas no estádio, já a transmissão atingiu milhões de pessoas pela TV ou por outros meios», explicou Ivar. 

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