Por Philipe Rabelo Alves (Brasil) – Jornalista Joven AIPS América
LIMA, Peru, 1 de agosto de 2019.- Entre gritos, lágrimas e sorrisos, o Brasil encerra a participação na ginástica artística no Pan de Lima com números impressionantes. Em 5 dias de competição o Brasil conquistou medalhas todos os dias, ao todo foram onze. 4 ouros, 4 pratas e 3 bronzes. Além disso, o Brasil conquistou pela primeira vez na história dos jogos Pan-Americanos as primeiras posições gerais individuais. Caio Souza e Arthur Nory conquistaram ouro e prata, respectivamente. Já na barra fixa, a dobradinha brasileira foi de ouro com Chico Barretto e a prata com Arthur Nory.
Caio conquistou 3 medalhas. Além do ouro na classificação geral, ele também garantiu o ouro na competição por equipes e levou uma prata nas barras paralelas. «O que a gente pode fazer é trabalhar, ir aparelho por aparelho, elemento por elemento. Se a gente só pensar no resultado a gente se esquece do caminho», afirmou o ginasta.
Outro atleta que também se destacou foi Chico Barretto. O ginasta garantiu 3 ouros, um na categoria por equipes, uma no cavalo com alças e outra na barra fixa, na qual fez rodopios segurando a barra com apenas uma das mãos. Já nas barras paralelas, o atleta acabou se complicando e, por uma falha, acabou caindo do aparelho «Eu cometi um erro técnico e não consegui voltar ao meu apoio, mas eu voltei e repeti o elemento para mostrar que eu conseguia fazer com certa tranquilidade, mas acabei soltando o aparelho cedo demais. Faz parte da competição», explicou.
As medalhas de prata nesta edição dos jogos acabaram na mão dos ginastas brasileiros que se chamam Arthur. Arthur Zanetti conquistou a prata nas argolas, perdendo para o mexicano Fabián de Luna por apenas 0,100 pontos. Já Arthur Nory, ex-atleta de judô, migrou para a ginástica em 2005 e nos jogos de Lima levou duas pratas para casa, uma na barra fixa e a outra na posição geral. «Foi mais do que eu esperava, eu não sabia se viria ou não, mas deu tudo certo. Foi feita uma força tarefa para eu recuperar rápido e fiz o meu melhor, mas sempre dá pra melhorar, ajustar séries, execuções e partidas, agora vamos focar no mundial», analisou.
A categoria feminina conquistou as três medalhas de bronze, mas o nome que brilhou nos jogos foi Flavia Saraiva, de 19 anos. A atleta de muito carisma levantava o ginásio ao final das apresentações. Sempre com músicas conhecidas e um belo sorriso, a ginasta pedia ao publico que interagisse com palmas no decorrer da apresentação. Flavia conquistou o bronze no solo, na categoria individual e também na competição por equipes. «Eu tento trazer as pessoas para o solo, eu quero que o público se sinta comigo ali dentro. Eu escolho as músicas que eu gosto, mais animadas, esse é o meu jeitinho», concluiu.
Essa foi a melhor campanha do Brasil em jogos Pan-Americanos, superando o Pan de 2007, sediado no Rio de Janeiro. Apesar do número de medalhas ser igual (11) e o de ouros também ser repetido (4), Lima teve 4 pratas, duas a mais que os jogos do Rio.