Por Vicente Dattoli – vicentedattoli@hotmail.com
RIO DE JANEIRO, Brasil, 11 de fevereiro de 2019.- Saber que aquele amigo nunca mais estará disponível para uma conversa, para um aperto de mão, para uma troca de sorrisos é muito difícil.
Quando este amigo tem a idade de um pai, que nos aconselhou, nos indicou caminhos, em nos confiou, o sentimento é ainda mais doloroso.
Este misto de emoções me invade neste momento.
Ao receber a notícia, por um amigo comum, da morte de Aderson Maia, admito que fiquei sem rumo.
Carinhoso, recebeu-me como um filho em meu primeiro congresso na ABRACE.
Foi em 2000, quando organizou, também, um Congresso da AIPS em sua querida Fortaleza.
Uma comemoração pelos 500 anos de Brasil.
Agregador, contou a inestimável colaboração de seu amigo Jorge Ribeiro, de Portugal – a identidade de idiomas facilitou esta troca de experiências.
Daquele agradável convívio inicial seguiram-se vários outros Congressos nacionais até que me indicou para representar o Brasil em Cartagena de las Indias, na querida Colômbia, no Congresso da então Fepeda (hoje AIPS América).
Vieram, depois, a indicação para a Comissão de Futebol da AIPS e o apoio à candidatura para o Comitê Executivo da AIPS.
Sucedê-lo. Uma enorme responsabilidade.
Estivemos juntos em Bregenz e Liechtenstein, em 2007. Sua despedida dos congressos da AIPS.
As distâncias no Brasil são enormes.
A primeira reação foi pegar um avião e dar um último adeus.
Mas não. Não há adeus para alguém que estará sempre na nossa memória.
Prefiro guardar nos olhos nosso último encontro, que ironia, de novo na sua Fortaleza.
Descanse em paz, ADERSON.
Os cronistas esportivos brasileiros terão sempre seu sorriso gravado em seus corações.